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Lídia Maria
Mineira, mãe de pet e bibliotecária. Comecei o blog em 2017 com o objetivo de compartilhar relatos sobre minhas leituras, filmes, séries e experiências da vida.

Gosto de ler romance e fantasia, mas geralmente experimento de tudo um pouco para sair da zona de conforto. No tempo livre, faço bolos e adoro dormir. Seja bem-vindo(a) aos meus relatos! ❤
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Uma Janela Sombria (O Rei Pastor #1) - Rachel Gillig

 

Uma Janela Sombria

TítuloUma Janela Sombria

AutoraRachel Gillig
Editora: Alt
Ano: 2024
Páginas: 424
Série: O Rei Pastor
Compre na Amazon 
Skoob 
Minha avaliação | 🧊Não é Hot 


O livro Uma Janela Sombria foi escolhido como leitura coletiva para o clube do livro que participo em novembro. [Confira o post que escrevi sobre essa edição do clube clicando aqui.] A boa notícia sobre o livro é que sua fantasia é muito bem construída. Com minha vasta experiência no gênero, posso afirmar que Rachel Gillig conseguiu criar um universo instigante, original e diferente de outras obras que tenho lido recentemente. Infelizmente, há alguns pontos a melhorar; caso contrário, seria uma leitura perfeita. Outra vantagem é o fato de ser uma duologia — nada daquele esquema interminável que consome nosso tempo (e dinheiro).

A história é narrada por Elspeth Spindle, uma jovem de 20 anos que vive no reino de Blunder. A sociedade vive em constante vigilância por conta de uma bruma que ameaça a cidade. Anos atrás, o Rei Pastor negociou com a Alma do Bosque para obter uma magia poderosa, criando as Cartas da Providência. Essas cartas concedem poderes extraordinários a quem as possui, mas, insatisfeita com o fato de a população não procurá-la diretamente, a Alma do Bosque criou a bruma como vingança. A bruma atrai pessoas de volta ao bosque, deixando-as mentalmente perdidas. As crianças que entram em contato com ela adoecem gravemente, e apenas algumas sobrevivem para contar suas histórias.

São 78 cartas ao todo, cada uma com um poder único, como:

  • 12 Cavalos Pretos: mestre em combate (em posse do rei);
  • 11 Ovos Dourados: riqueza extrema;
  • 10 Profetas: vislumbre do futuro;
  • 9 Águias Brancas: coragem;
  • 8 Donzelas: beleza inigualável;
  • 7 Cálices: soro da verdade;
  • 6 Poços: discernimento para identificar inimigos;
  • 5 Portões de Ferro: serenidade inabalável;
  • 4 Foices: controle sobre os outros;
  • 3 Espelhos: invisibilidade;
  • 2 Pesadelos: comunicação mental;
  • 1 Amieiros Gêmeos: conexão com a Alma do Bosque.

Claro, todo poder tem seu preço, e o uso excessivo das cartas traz consequências graves — mas você terá que ler o livro para descobrir quais.

Elspeth entra nessa história como alguém que sobreviveu à febre causada pela bruma quando criança. Seu pai, um soldado do rei, decidiu enviá-la para viver com o tio em uma casa isolada, fingindo que ela não existia. Embora não apresentasse sinais de magia inicialmente, sua vida mudou ao encontrar uma das Cartas da Providência — o Pesadelo. Ao tocar nela, Elspeth absorveu a magia da carta e passou a ouvir a voz de um monstro em sua mente, além de desenvolver a habilidade de enxergar as cores das cartas mágicas.

Nos dias atuais, Elspeth vive tentando se manter longe dos bandoleiros e das garras do rei, que elimina qualquer um que tenha a febre ou manifeste poderes mágicos.

O outro protagonista, Ravyn Yew, é o sobrinho do rei e capitão dos Corcéis, uma milícia que caça pessoas como Elspeth. No entanto, Ravyn usa sua posição para reunir as cartas antes que o rei as encontre, com o objetivo de impedir uma profecia que ameaça sua família. Quando conhece Elspeth, ele percebe que sua habilidade com as cartas pode ser a chave para acabar com a bruma e derrotar o rei. Só não contava com os sentimentos que começariam a surgir entre os dois.


Embora o romance entre Elspeth e Ravyn seja um elemento da trama, ele passa longe de ser memorável. Na minha opinião, os dois não têm química nenhuma. Mesmo quando acontece um beijo ou aquela típica cena de "e se amaram a noite inteira", confesso que nem liguei muito, já que estava focada na fantasia em si.

Falando em personagens, nenhum deles me cativou. Elspeth, que narra a história, é hipócrita e chata. Ela cobra sinceridade de Ravyn, mas esconde segredos dele. Seu ciúme da prima que usava a carta da donzela foi simplesmente irritante. Ravyn, por outro lado, carece de carisma e personalidade. Apesar de ser o chefe dos Corcéis, ele não impõe autoridade e, após conhecer Elspeth, torna-se um verdadeiro paspalhão. Até Elm, primo de Ravyn, é mais astuto e interessante do que ele.

A leitura começa de forma lenta e só engata a partir da página 150, quando Elspeth vai ao castelo do rei. Apesar de tudo, o desfecho foi bom o suficiente para me deixar curiosa sobre o segundo volume.

Se você é fã de fantasia, vale a pena conhecer Uma Janela Sombria. Apesar dos problemas com os personagens, o universo criado por Rachel Gillig é fascinante, e a premissa das cartas da providência é uma das ideias mais originais que já vi no gênero. Persistirei na duologia, mais pela fantasia do que pelos personagens, e espero que o próximo livro traga uma evolução significativa.