Confesso que li este livro por "livre e espontânea pressão" das minhas amigas literárias, que afirmaram veementemente que Quarta Asa era incrível. Fiquei tão desesperada para lê-lo que acabei comprando o livro por R$ 100 na Amazon, sendo que poderia ter esperado uma promoção. Mas olha, não me arrependo de ter lido nem de ter gasto meu suado dinheirinho, porque realmente o livro é muito bom! Vamos aos fatos:
Quarta Asa se passa no Instituto Militar Basgiath, em Navarre, um lugar que pode ser comparado a uma escola. Só que, em vez de formar alunos comuns, eles treinam cadetes que devem aprender a se defender, ser fortes e destemidos. No entanto, esses adjetivos não se aplicam à nossa protagonista, Violet Sorrengail.
No Instituto Basgiath, o tempo de treinamento dos cadetes é dividido em três anos. No primeiro, eles devem provar seu valor para que um dragão se una a eles. Após o terceiro, eles são enviados às batalhas para defender Navarre de invasões indesejadas. Se um dragão não escolher um cadete, ele repete o ano. Se um cadete se unir a um dragão e o dragão morrer, o cadete também morre. Mas, se tudo der certo, o cadete prossegue com os estudos e ainda ganha um sinete (poder) concedido por seu dragão.
Os dragões não se unem a humanos frágeis. Eles os reduzem a cinzas. Voe.. ou Morra.
Além de todas essas dificuldades, Violet ainda tem um alvo em suas costas, já que é filha da General Sorrengail. Por isso, ela não pode confiar em ninguém. Ah, e detalhe importante: Violet não queria essa vida. Por influência do pai, que já faleceu, ela sempre sonhou em fazer parte da Divisão dos Escribas. Mas sua mãe (uma péssima mãe, diga-se de passagem) a forçou a se tornar uma Cavaleira de Dragão.
Outro ponto importante: os rebeldes. Houve uma época em que algumas pessoas se rebelaram contra o governo de Navarre e acabaram perdendo a vida. Como punição, seus filhos são obrigados a se alistar no Instituto Basgiath assim que atingem a maioridade. E é aí que Violet se ferra de novo, porque esses filhos rebeldes querem vingança, já que foi a General Sorrengail quem ordenou a morte de seus pais. Entre esses rebeldes está Xaden Riorson, líder da Quarta Asa e, claro, o mais lindo de todos (rsrs).
Agora, falando do sistema das Asas. Quando um cadete sobrevive à travessia da muralha, ele é escolhido para fazer parte de uma Asa. A nossa Violet é designada para a Quarta Asa, liderada por Xaden e o dirigente Dain, seu amigo de infância, que se torna um porto seguro para ela durante essa jornada maluca até o terceiro ano.
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Sobre Xaden... no começo, ele deseja a morte da Violet assim que a vê no parapeito. Ele começa como aquele personagem que fica em segundo plano, mas depois domina 90% dos nossos pensamentos (e os da Violet também!). Seus diálogos com ela são incríveis, e olha, eu quero esse homem para mim (meu Deus, sou casada, rsrs).
Quanto à Violet, sinto que, neste primeiro livro, ela ainda está se descobrindo como cadete e espero que amadureça mais nos próximos volumes. Mas não a vejo como inocente demais; quando precisou agir, ela agiu. Mesmo confiando nas pessoas erradas, fez o melhor que pôde para sobreviver. Ela cresceu ouvindo de todos, inclusive de sua mãe, que era fraca e que seu pai "estragou" ela. Imagina crescer com isso na cabeça? Sorte que ela tem o apoio da irmã, Mira Sorrengail, uma cadete super reconhecida. Quanto ao poder que ela adquire, confesso que achei meio sem graça, mas amei o dragão (não vou falar mais nada!).
Agora, imagina ser obrigada a conviver com alguém que quer te matar? Por causa de um vínculo, Violet e o "gostosão" Xaden não podem se separar, e é aí que nossa "romantasia" começa a pegar fogo. Violet tem uns pensamentos bem atrevidos, e perto do final do livro temos algumas cenas que definitivamente não são para menores de idade. A química entre eles é explosiva, mas depois vem um tombo (kkkk).
E quanto ao Jack... mais alguém tem a teoria de que não aconteceu o que dizem que aconteceu com ele? Porque, gente, o nome dele não foi lido naquela lista (não quero dar spoiler). O Jack me irritou, mas quem me superou no ódio foi o Dain. QUE ÓDIO DELE!
A escrita da autora é muito boa. Não dá para cansar lendo o livro, porque sempre tem algo acontecendo. A única coisa que me incomodou foi a cena da batalha no final, que achei mal escrita. Tive que reler várias vezes para entender o que estava acontecendo, porque estava tudo uma bagunça.
O desfecho? Um plot twist que me deixou no chão! Não esperava nada do que aconteceu nas últimas páginas, e agora estou super ansiosa para o segundo livro. Algumas pessoas comentam que a autora pegou a premissa de vários outros livros para escrever o dela, mas, como diria Einstein: “nada se cria, tudo se copia”. Não julgo!
Enfim, vale muito a pena ler Quarta Asa, porque não é aquele tipo de "romantasia" que demora para se desenvolver. A autora entregou bastante coisa já nesse primeiro volume. Só fiquei um pouco triste ao descobrir que a saga terá CINCO livros. Parece que sempre caio nesse "sistema de pirâmide" (rsrs).
MINHA AVALIAÇÃO
