A Bienal do Livro de São Paulo acabou, mas as memórias desse momento tão especial permanecerão. Para quem não me acompanha, sou mineira e sempre adorei prestigiar a Bienal do Livro de São Paulo e Rio de Janeiro, já que, infelizmente, a política cultural de Minas Gerais não valoriza eventos literários e não se esforça para organizar algo decente no estado.
Este ano, tive a oportunidade de ir à Bienal, que ocorreu entre os dias 06/09/2024 e 15/09/2024, no Distrito do Anhembi, em São Paulo. Fiquei um pouco triste por só ter conseguido participar nos dias 14 e 15 de setembro (último fim de semana), mas a maior motivação para ir à Bienal deste ano foi, finalmente, conhecer minha amiga Glaucia, do canal Alegria Literária, pessoalmente, após 7 anos de conversas virtuais. Nunca nos encontramos antes, então foi uma experiência cheia de emoção!
Conheci a Glaucia em 2017, quando ainda fazia vídeos para o YouTube e era apaixonada pelo gênero romance de época. Lemos vários livros juntas, trocamos muitas ideias, e, mesmo com a distância, continuamos sempre em contato. Além da Glaucia, o Micael e sua princesa Mari também estiveram presentes, e sou muito grata pela amizade, companheirismo, ajuda para desbravar São Paulo, e, claro, pela hospitalidade. A Bienal com eles foi ainda mais especial!
Minha experiência na Bienal foi boa, mas confesso que não aproveitei tanto quanto gostaria. Não consegui visitar todos os estandes que tinha em mente e muita coisa passou batido. Isso aconteceu por dois motivos: faz algum tempo que estou me sentindo muito cansada e, no final do sábado, minhas pernas doíam muito. Já cheguei ao evento cansada, e, além disso, a Bienal estava LOTADA no sábado. Eu e meus amigos chegamos por volta das 11h, mas só conseguimos aproveitar de verdade após as 17h, quando, finalmente, entramos em alguns estandes. Em determinado momento, sentamos no chão e comemos os lanches que a Glaucia e o Micael trouxeram. Ah, acredite se quiser, uma Coca pequena (lata) estava custando R$12,00!
No domingo, consegui andar mais e tirar fotos nos espaços "instagramáveis". Apesar de ainda cheio, o ambiente estava mais suportável. De modo geral, pela minha experiência de duas Bienais, achei o evento bem organizado. Quase não enfrentei filas para entrar por conta da credencial de blogueira. A Glaucia entrou pelo portão normal e também foi super rápido. Havia placas sinalizando tudo, e notei muitos banheiros femininos, o que faz sentido, já que o público majoritário é de mulheres. No entanto, fiquei com pena dos homens, que tinham que caminhar mais para encontrar os banheiros masculinos.
.png)
Um ponto negativo foi a escassez de bebedouros. O único que vi, próximo ao banheiro feminino, estava estragado. O ar-condicionado funcionava apenas em algumas partes do pavilhão, e a internet estava péssima. Descobri também que a operadora Vivo não é das melhores em São Paulo. Quanto ao transporte, o Uber estava caro, mas a 99 oferecia preços mais acessíveis. Por pouco não fui a pé para o aeroporto de Congonhas (brincadeira, claro!). E, falando em aeroportos, o de Congonhas deixa muito a desejar... Ele poderia pegar umas dicas com o de Confins, aqui em BH.
Uma questão levantada por um representante de uma editora, com a qual concordo, é que muitas pessoas têm ido à Bienal pelos motivos errados. O TikTok mudou muita coisa, infelizmente nem sempre para melhor. Parece que algumas pessoas estão indo apenas para seguir a "hype" do evento.
Quanto às promoções, é um mito que no último fim de semana há mais descontos. As ofertas eram as mesmas do primeiro fim de semana. Todos os livros da Editora Alt estavam por R$30,00. Havia estandes com livros por R$15,00 e encontrei promoções como "leve 3 por R$50,00". E, como boa "otária" que sou (rs), acabei comprando alguns livros caros também. Vou mostrar tudo no Book Haul que postarei na sexta-feira!
Sobre brindes, voltei para BH sem nenhum, pois estava impossível conversar com alguém nos estandes. Quanto à decoração, as editoras realmente capricharam. O estande que mais me impressionou foi o da Planeta, que colocou um dragão do livro Quarta Asa que rugia e soltava fumaça – foi incrível! A Rocco, apesar de não ter muitas promoções, também arrasou na decoração. A Casa Record estava bonita, mas não chamou tanto minha atenção. Já a HarperCollins me encantou com aquele coração gigante, e a Intrínseca, com seus livros enormes, foi sensacional – pena que só consegui tirar fotos de longe. Por outro lado, o estande da Editora Loyola foi o pior: os livros estavam desorganizados e caros.
Essas foram minhas experiências na Bienal do Livro de São Paulo em 2024. Cheguei em casa cansada, mas extremamente feliz por ter vivido esse momento. Não sei se vou à Bienal do Rio no ano que vem, mas quem sabe...
Até mais!
