É Assim que Acaba |
O filme É Assim que Acaba estreou nos cinemas em 8 de agosto e, com seu sucesso, surgiram também algumas polêmicas.
Para quem ainda não conhece minha opinião sobre os livros "É Assim que Acaba" e "É Assim que Começa", basta clicar no link abaixo para acessar minha resenha. Curiosamente, essa resenha é a que mais atrai cliques no Google em meu blog – fiquei impressionada ao ver os números!
Lily Bloom decide começar uma nova vida em Boston e tentar abrir o seu próprio negócio. Como consequência de sua mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro com Ryle, um charmoso neurocirurgião.
Antes de tudo, gostaria de agradecer à Letícia Pimenta, criadora do Clube do Livro de Belo Horizonte, por me proporcionar a oportunidade de assistir ao filme gratuitamente no cinema, graças à sua parceria com a Cineart.
Início este review destacando algo que é quase universal: o livro geralmente supera qualquer adaptação cinematográfica. Por isso, sempre ajusto minhas expectativas para as adaptações, rsrs. No entanto, o que pode redimir uma adaptação, na minha opinião, é quando os roteiristas conseguem preservar a essência do livro, a narrativa principal e, sobretudo, os personagens principais. Felizmente, isso foi respeitado com os protagonistas Lily, Ryle e Atlas.
Muitas pessoas comentam que o filme é extremamente fiel ao livro, mas, na minha visão, ele não é tão fiel assim. Ainda assim, os roteiristas conseguiram manter as principais cenas do livro, que foram representadas de forma bem fiel, especialmente as cenas de violência doméstica. Alguns argumentam que essas cenas foram romantizadas, mas, ao meu ver, nas primeiras cenas vemos a violência pelos olhos de Lily, que tenta bloquear a realidade. Já na cena do carro, ela revisita esses momentos e percebe claramente que ele realmente a agrediu, empurrou-a da escada e a mordeu.
No geral, achei o filme muito bom, mas a cena no telhado me incomodou demais. O humor presente ali não tem nada a ver com a realidade da Lily, o que me perturbou bastante. Toda hora a câmera focava em algum acessório, roupa ou sapato da Lily, para quê? Alguém tem essa informação pra me dá? rsrs. Desnecessário! .
Sei que no livro Ryle também fica impune, assim como no filme, mas acredito que Colleen Hoover e a produção do filme perderam uma grande oportunidade de inserir um aviso ao final de "É Assim que Começa" e do filme, com o número do órgão responsável para denunciar esses abusos. Poderiam ter falado diretamente com as mulheres que realmente sofrem esse tipo de violência.
E agora, sobre a polêmica: de que lado você está, Blake ou Justin? Depois de assistir às entrevistas da Blake, confesso que fiquei com um certo ranço da atriz. Vender um filme sobre violência doméstica como uma comédia romântica? Entendo a necessidade de promover um filme de sucesso, mas acho que ela ultrapassou os limites. Estou do lado do Justin nessa. Infelizmente, vou precisar separar a atriz da obra, assim como faço com J.K. Rowling, no caso da literatura. Colleen apoia Blake, o que é uma pena – desvalorizar a importância da história que ela mesma escreveu e o impacto que poderia ter é algo lamentável.
Não tenho interesse em assistir ao segundo filme (se ele existir mesmo), pois considero o segundo livro uma perda de tempo, sem substância. E, se houver outra confusão nos bastidores como houve com "É Assim que Acaba", prefiro manter distância.
Por fim, ao contrário do livro e do filme, deixo aqui os dados do canal de denúncia para o caso de você sofrer ou vir a sofrer violência doméstica:
Disque 180 - Central de Atendimento à Mulher
Oi! Você não é a primeira pessoa que vejo falando que o segundo livro não vale a pena. Que péssima essa posição da atriz e da autora em relação a história, vender como comédia romântica é muita enganação. Bjos!!
ResponderExcluirMoonlight Books