UM CASO PERDIDO (HOPELESS #1) - COLLEEN HOOVER

Um Caso Perdido

Título: Um Caso Perdido
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Ano: 2022
Páginas: 384

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Sinopse: Aos 18 anos, Sky cataloga garotos como sabores de sorvete. Alguns são baunilha, outros, um pouco mais ousados. Mas nenhum a empolga. Aliás, o que ela gostaria mesmo de experimentar é o ensino médio, por mais que todas as suas referências sobre o assunto ― tiradas d seus amados e fiéis companheiros livros ― retratem a escola com as pinceladas de um inferno hormonal. No entanto, Sky é forte e, principalmente, está preparada, apesar dos estranhos pesadelos que a perseguem, que lhe mostram uma garotinha sempre às lágrimas. Então, quando a mãe adotiva a libera para frequentar o último ano na escola local, ela pensa em tirar o máximo da experiência. Mesmo que sua melhor amiga, e única pessoa que conhece na instituição, tenha resolvido fazer intercâmbio na Itália. Sky se vê sozinha na selva de nerds, atletas, populares... e com uma reputação nebulosa. Mas quando ela conhece Dean Holder, um rapaz cuja fama pode competir com a sua, Sky experimenta sensações de que jamais acreditou ser capaz. Ele a aterroriza e a encanta. Tudo isso com apenas um encontro. Embora tente manter distância, Holder insiste em saber tudo sobre Sky, e, incapaz de negar a estranha conexão, ela finalmente se rende ― sem saber que o comportamento errático do garoto tem uma explicação, que testará o amor dos dois e a confiança de Sky nesse caso perdido pelo qual se apaixonou. Agora, a verdade pode libertá-la. Ou simplesmente trucidá-la em Um caso perdido , uma história que retrata dois jovens com um passado devastador e um amor capaz de guiá-los numa jornada de descobertas... sobre vida, amor, confiança e, acima de tudo, o poder da verdade.

Minha avaliação: 

Colleen Hoover (Hopeless#1) sempre surpreende os leitores com suas histórias baseadas em fatos reais, que muitas vezes causam alvoroço devido à falta de tato da autora com alguns temas. Concordo que, às vezes, ela abre uma ferida e simplesmente não apresenta soluções para curá-la, causando desconforto no leitor. Por exemplo, isso aconteceu no livro "Confesse". Por outro lado, existem várias obras que considero boas, como "Uma Segunda Chance".

Em “Um Caso Perdido”, publicado pela editora Galera Record em 2022, Colleen segue seu padrão de trazer a realidade à literatura. Sky é uma adolescente que não tem contato com o mundo exterior. Acostumada com as regras impostas por sua mãe, Sky estuda em casa e não tem acesso a celular e internet. Sua única fonte de informações sobre o mundo lá fora é sua vizinha e melhor amiga, Six. Sozinhas em seus quartos, as meninas aprontam bastante, principalmente quando os meninos visitam seus quartos. Contudo, nada do que esses meninos fazem desperta algo em Sky; simplesmente, ela não consegue sentir nada. Ao ir ao mercado, Sky encara o menino mais lindo que já viu, mas esse garoto tem uma reação muito esquisita ao vê-la. Tudo muda quando ela começa a frequentar a escola e conhece a maldade adolescente que corre pelos corredores. Mas muda principalmente quando ela conhece Dean Holder, e só pelo olhar ela sente que aquele garoto pode mudar tudo.

Dean não é um aluno exemplar; ele é acusado de espancar um aluno gay, e todos pensavam que ele estava preso durante sua ausência no último semestre. Dean não tem muitos amigos na escola, até reencontrar a menina que viu no supermercado. Dean é muito reservado e não permite que as pessoas saibam o que acontece em sua vida, por isso, todos pensam que ele é um ex-presidiário homofóbico. Somente Sky tem a abertura para descobrir o que realmente acontece em sua vida. E esse é o problema: cada vez que Dean se aproxima, suas suspeitas sobre ele acabam se tornando verdadeiras, e isso o assusta demais. Por isso, ele é instável e causa grandes problemas para nossa protagonista. Agora, cabe a Sky tentar entender Dean, e cabe a Dean permitir que Sky entre em sua vida e descubra todas as verdades.

Odeio o fato de existirem tantos lados dele que não compreendo, e nem sei se quero continuar tentando compreendê-los. Há partes dele que amo, partes que odeio, partes que me apavoram e partes que me impressionam. Mas há uma parte dele que só me decepciona... e com certeza essa é a mais difícil de aceitar.

Esse livro é um turbilhão de emoções. Nunca imaginei que a história iria tomar o rumo que Colleen deu. Depois da metade do livro, eu só queria chorar por causa dos inúmeros gatilhos que a história trouxe. Ela aborda mentiras, estupro, suicídio, morte e diversos abusos envolvendo crianças, e ler sobre isso doeu demais. Geralmente não leio sinopses, mas eu gostaria de ter lido resenhas sobre esse livro antes de comprá-lo, pois lê-lo não foi fácil. O romance entre o casal é muito complicado. Inicialmente, pareceu que Dean estava brincando com Sky; o comportamento agressivo de Dean foi o que mais me incomodou. De repente, ele estava lá, todo fofo de novo, e o julgamento que fazemos sobre ele não é bom. Não é um romance fácil de ler.

Inicialmente, a história é somente sobre adolescentes tentando se amar, mas depois da metade do livro, várias bombas são jogadas na história e não tem como desviar dos acontecimentos que são revelados a cada capítulo. Com isso, a história passa de drama adolescente para um enredo triste, com várias descobertas. Para ler esse livro, o leitor tem que estar com psicólogo marcado.

Podem falar o que quiserem de Colleen Hoover, mas ela tem uma escrita impecável e sabe envolver o leitor com suas narrativas. Em 384 páginas, “Um Caso Perdido” tem aquele problema que citei lá em cima. Colleen joga a merda no ventilador e termina de uma forma que dói muito. Por isso, tirei uma estrela da minha avaliação. Mas como tem “Sem Esperança”, livro este que foi escrito pela visão do Dean, acredito que vamos curar essa ferida e entender melhor o lado desse protagonista que sofreu tanto.

Bom, é isso. Livros da Colleen sendo livros da Colleen. Recomendo esse livro para quem tem estômago para todos os gatilhos citados anteriormente. Toda a história vale a pena conhecer, mas cabe ao leitor aceitar o que está escrito ou não. Somente o papel aceita tudo o que se escreve.