A BALADA DO FELIZES PARA NUNCA - STEPHANIE GARBER

A Balada do Felizes Para Nunca

A Balada do Felizes para Nunca é aquele tipo de livro que deixa uma marca profunda no leitor. Publicado pela Editora Gutenberg em 2023, o segundo livro da trilogia “Era uma Vez um Coração Partido” não decepciona e entrega mais mistérios, mentiras, romance e uma reviravolta de tirar o fôlego no final. Para quem está começando a trilogia agora, sugiro comprar todos os livros de uma vez, pois a urgência por respostas mexe com a ansiedade de qualquer um — falo por experiência própria.

Veja a resenha do primeiro livro: Era Uma Vez Um Coração Partido

Evangeline Raposa odeia o Príncipe de Copas. Depois das trapaças no primeiro livro, ela sabe que não pode confiar novamente no belo Arcano. Descobrindo que a profecia a coloca como chave para abrir portas e, consequentemente, o Arco da Valorosa, Evangeline enfrenta uma nova maldição em A Balada do Felizes para Nunca. Ela terá que confiar em Jacks novamente para escapar da morte, salvar uma pessoa e encontrar os elementos necessários para livrá-los da situação em que se encontram.

A interação entre Evangeline e Jacks no início da história é envolvente, pois nós, leitores, também queremos odiá-lo, mas simplesmente não conseguimos. Jacks continua sendo o arcano que conhecemos em Lendário. No entanto, houve uma grande mudança em seus sentimentos, que tocou meu coração. É perceptível que ele não vê Evangeline apenas como uma chave, e o desenvolvimento desse personagem foi habilidoso.

Por outro lado, não notei avanço em Evangeline. Ela continua sendo a mesma garota do sul, perdida em meio ao caos de outra maldição. Isso não prejudicou a história, mas eu esperava uma protagonista mais forte neste livro, especialmente agora que ela tem alguma influência no norte. Ela ainda continua fugindo e se escondendo. Espero que no terceiro livro ela tome as rédeas da situação, mas com o final deste livro, não tenho muita esperança.

Acho que existe um final feliz para todo mundo. Mas não acho que esses finais sempre se seguem à última página do livro nem que ninguém tem garantia de que vai encontrar seu ‘feliz para sempre’. Finais felizes podem ser alcançados, mas são difíceis de segurar. São sonhos que querem fugir pela noite. São tesouros com asas. São selvagens e ferozes; precisam ser caçados o tempo todo, senão certamente fugirão.

Sobre o suspense, a autora não deixa pistas claras sobre quem está dizendo a verdade, como fez em Carnaval, e isso me deixa ávida para devorar a história. Gradativamente, Stephanie revela informações sobre a família Valor, permitindo-nos pegar as dicas e, ao final, já sabia algumas coisas, incluindo a identidade do arqueiro da profecia, mas ainda fui surpreendida por um personagem secundário, pois não imaginava que a história se focaria nele.

Quanto ao romance, a autora entrega apenas migalhas, mas gostei dessa tensão entre os protagonistas. Para mim, romance não é apenas sobre sexo; eu aprecio olhares trocados, falas que aceleram o coração, ou declarações bobas. Entretanto, no terceiro livro, quero tudo desse casal, sem interferências.

O desfecho é de enlouquecer o leitor. Como assim houve essa reviravolta na história? Como isso vai ser resolvido? Terminei este livro ansiosa para comprar o terceiro o mais rápido possível. Preciso de explicações. Nada aconteceu como eu imaginava.

Em 352 páginas, a história te prende do início ao fim. É uma fantasia fabulosa e bem elaborada, tirando qualquer leitor de fantasia da zona de conforto. Esqueça fadas, bruxas, anjos e demônios; aqui há qualidade que abre portas para a imaginação. A edição é lindíssima e, após ver o mapa do terceiro livro, posso afirmar que o mapa de A Balada do Felizes para Nunca é o mais bonito. Veja só:

Estou com as expectativas lá em cima para a leitura de A Maldição do Verdadeiro Amor.