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Lídia Maria
Mineira, mãe de pet e bibliotecária. Comecei o blog em 2017 com o objetivo de compartilhar relatos sobre minhas leituras, filmes, séries e experiências da vida.

Gosto de ler romance e fantasia, mas geralmente experimento de tudo um pouco para sair da zona de conforto. No tempo livre, faço bolos e adoro dormir. Seja bem-vindo(a) aos meus relatos! ❤
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GLINT - RAVEN KENNED (A PRISIONEIRA DOURADA #2)

Leitores apaixonados pelo gênero fantasia, por favor, deem visibilidade à saga A Prisioneira Dourada. Essa série está crescendo a cada livro e promete um futuro brilhante. Confesso que não acompanho regularmente a editora Astral Cultural, mas percebi que a editora não tem dado a devida atenção aos leitores. Vamos unir forças para divulgar este livro como ele merece!

Acesse a resenha do primeiro livro:

GILD - RAVEN KENNED (A Prisioneira Dourada #1)

Glint é o segundo livro da saga A Prisioneira Dourada. Em apenas 236 páginas, a autora consegue desenvolver a continuação que todos os leitores desejam, aprofundando os traumas de nossa protagonista, Auren, e mostrando a evolução de sua forma de pensar ao longo do novo cenário. Agora, ela não está mais nas mãos dos piratas cruéis; pior ainda, tornou-se prisioneira do exército mais temível dos reinos. Degola, o comandante do exército do quarto reino, é conhecido por degolar qualquer um que cruze seu caminho sem piedade. Ele é o servo mais leal ao Rei da Podridão, que governa com base na dor, tortura e ódio. Entretanto, Auren não esperava encontrar pessoas gentis, abrigo, comida e nenhuma ameaça durante sua estadia com o exército do Rei da Podridão. Desconfiada, ela fará de tudo para tentar avisar seu rei e amor sobre o provável combate que o aguarda. Sua lealdade a ele nunca mudará.

Novos personagens são introduzidos neste livro. Degola é um comandante muito respeitado por seus amigos, lembrando bastante o círculo de confiança de Rhys em ACOTAR. Ele é descrito como um homem feérico, grande, com espinhos que surgem de sua pele conforme sua vontade. Ele não esconde quem realmente é, ao contrário de Auren, cujo poder é conhecido apenas por Midas, e que é orientada a se esconder e viver em uma gaiola. No entanto, durante sua estadia com o exército, os horizontes de Auren se expandem para novas possibilidades. Suas fitas podem ser uma arma poderosa, ela pode ser poderosa, e essa libertação só dependerá dela mesma.

"Quer saber o que penso?" — Degola pergunta, em voz baixa.
"Não," responde Auren.
"Bom, mas vou falar assim mesmo."
Abro um sorriso de escárnio.
"Que ótimo."
Seus lábios se distendem em um segundo de humor.
"Você pode não estar mais atrás das grades, mas permanece naquela gaiola. E acho que parte de você quer continuar lá, porque tem medo." 
(Kennedy. p. 168)

Ao longo do livro, algumas partes do passado de Auren são reveladas, permitindo que entendamos seus traumas e por que ela se apega tão fortemente a Midas. No desfecho, ela finalmente decide quem quer ser de verdade. Entretanto, um plot twist muda tudo para ela, e só no próximo livro saberemos de que lado ela estará. Neste livro, temos a perspectiva da Rainha Malina, que apenas começa a introduzir o que deseja se tornar — recuperar tudo que foi roubado de sua família por Midas, mas nada concreto ainda. No final, temos um capítulo reservado para Midas, que passou esse tempo no Quinto Reino, um reino que ele tomou de forma ambiciosa, e agora deseja fazer acordos com os outros reinos, principalmente consertar as coisas com o Rei da Podridão após suas burradas.

Narrado em primeira pessoa, este segundo livro tem um ritmo lento, mas em nenhum momento fiquei entediada com Auren caminhando pelo acampamento. A evolução dela é gradual, embora eu confesse que alguns leitores possam achar que falta ação no livro; no entanto, é uma construção que tem tudo para dar certo. O romance é um clássico enemies to lovers que espero que dê certo. Em muitos momentos, fiquei ansiosa para que algo acontecesse, mas por enquanto, só temos migalhas.

Sempre haverá alguém que vai tentar nos fazer escolher a primeira alternativa. Mas não. Não deixe que o mundo a mantenha embaixo das botas. Assuma suas merda e escolha a si mesma. (Kennedy. p. 256)

É importante ressaltar que não há cenas de estupro neste livro! Já superamos essa fase ruim; esqueça o que aconteceu no primeiro livro. As montarias do Rei Midas não estão mais em perigo aqui, e lá elas não são vistas dessa forma. Falando em montarias, Auren tem a mania de querer se meter com elas, pensando que são suas amigas, mas só recebe desprezo, o que me deixa com raiva. Há coisas pelas quais não vale a pena lutar.

Para finalizar, o que mais me chocou foi a revelação no final. Fui enganada junto com Auren. Não imaginava o que aconteceu e estou muito ansiosa para ler o terceiro livro e descobrir onde isso vai dar. Estou seguindo a autora do Instagram e ela já publicou o quarto livro na gringa, vamos ver quando que irá ser traduzido para o Brasil. 

Até mais!

KENNEDY, Raven. Glint. São Paulo: Astral Cultural. v. 2. p.236. 2023