Título: O Príncipe Corvo (Trilogia dos Príncipes #1)
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Record
Páginas: 368
Sinopse: Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante
Chega uma hora na vida de uma dama...
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável...
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude. E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.
Eu jurei que não ia fazer uma resenha desse livro, porque esse livro é muito especial e não queria estragar a história. Mas, como eu não me contenho, tenho que demostrar o que achei dessa história perfeita. Desde que houve o lançamento desse livro, eu fiquei namorando-o na Amazon.
Como toda a leitura, eu gosto de refletir sobre o que o autor quer mostrar para nós leitores. Marquei várias partes do livro que achei muito interessantes sobre a inclusão da mulher no mercado de trabalho e como nós mulheres somos vistas na sociedade.
Anna Wren é uma viúva e tem a aparência considera normal na sociedade, reside em um pequeno chalé com sua sogra, mais conhecida como Mãe Wren e a criada Fanny. Seis anos após a morte de Peter, seu marido, Anna e Mãe Wren estão tentado sobreviver com a venda de vestidos, mas o negócio não está indo nada bem. Anna está a procura de um emprego, pois a horta nos fundos no chalé não está produzindo o necessário para uma alimentação adequada. Ana decidiu que precisava arrumar um emprego.
Hoppe é o administrador da Abadia Ravenhill. Tem uma grande missão de encontrar um secretário para o Conde em apenas dois dias, pois, devido ao temperamento forte do Conde os seus secretários sempre fogem na calada da noite. Mas quem poderia conviver com o Edward de Raff? Edward é o único herdeiro vivo da família. Ele é um homem alto, e seu rosto é marcado por uma doença que é considerada repulsiva na sociedade. Desde o início da doença ele aprendeu a conviver com a sua diferença. Edward não é somente um Lorde que fica atrás das mesas enviando ordem aos seus empregados, ele gosta de cavalgar na companhia de seu cão e cuidar dos problemas recorrentes de suas terras.
Anna encontrou ocasionalmente o administrador Hoppe e descobriu que o Lorde está contratando um secretário. Logo, não perdeu tempo e se candidatou ao cargo, que foi uma surpresa para Hoppe, pois nenhuma mulher havia trabalhado em tal cargo na sociedade. O tempo de Hoppe para encontrar um novo secretário estava acabando, então aceitou a Sra. Wren com a nova secretária do Lorde Swartingham. Anna está ansiosa para conhecer o Lorde Swartingham. Ninguém nunca o via em qualquer evento na comunidade, mas já estava trabalhando à alguns dias na Abadia e nenhum sinal do Lorde Swartingham. Anna se perguntava onde o Lorde passava o seu tempo. O trabalho de Anna era simples e ela fica a maior parte do tempo na biblioteca. Ela encontrou um livro chamado “O Príncipe Corvo” que chamou sua atenção. Ela estava em sua mesa na biblioteca e ouviu passos. O Lorde a encarava. Anna se apresentou e informou que seria a sua nova secretária. Em um primeiro momento Edward não entendeu o porquê de uma mulher estar em sua biblioteca, mas após o esclarecimento de Hoppe, ele se apresentou a mulher da boca mais bonita que ele já vira.
Com o passar dos dias Anna aprendeu a lidar com o temperamento forte de Edward, e sempre o acompanhava quando era solicitada a presença do Lorde na fazenda. Ela queria estar perto dele e Edward pensava em Anna da mesma forma. Seu corpo reagia na presença dela e precisava tirá-la da cabeça. Ana descobriu que Lorde Swartingham está indo para Londres saciar seus desejos em um bordel chamado “Grotto”, aonde algumas damas da sociedade vão com os rostos cobertos por máscaras para fingir ser uma prostituta e passar a noite com o homem desejado sem ser julgada. Através de um favor, Anna conseguiu se inserir dentro do Grotto desejando encontrar o Lorde Swartingham e saciar seu desejo por ele. Duas noites de prazer fez com que Anna tivesse a certeza que o Edward é o homem perfeito. Edward sem saber que Anna era a “prostituta” que se relacionava, queria a terceira noite de prazer, mas a mulher não apareceu. Ficou se perguntando o motivo da mulher não aparecer. Foi a sua doença que espantou a mulher? E, ao invés de saciar seu desejo por Anna, agora pensava também na “prostituta”.
Após voltar para Abadia, Anna nunca se imaginou nessa situação, pois sua vida simples e sem graça estava longe de voltar ao que era depois dessa experiência. Não podia contar ao Lorde que ela esteve no “Grotto”. E se o conde descobrisse a verdade? Ela perderia seu emprego? A sociedade iria descriminá-la? Mas não é só a Anna que está enrolada, pois, Raff estava planejando um futuro bem diferente, e precisava tirar Anna da sua cabeça. Mas quando um amor aparece tudo é possível.
Uma passagem do livro que mais me chamou atenção foi quando a Anna estava conversando com sua amiga Rebecca:
“Ora, um homem pode visitar uma cortesã regularmente, todos os dias da semana até, e ainda ser perfeitamente respeitável. Mas a pobre garota que se envolver no mesmo ato é considerada suja.”
No início de cada capítulo há algumas passagens da história do “O príncipe Corvo”. O livro não aparecia para Anna por acaso. As duas histórias são lindas e me fizeram acreditar no verdadeiro amor. Me surpreendi a cada gesto de Raff. No início todos falam que ele é rude, nervoso, mas ao logo da história eu me esqueci de tudo isso. Ele é um amor de pessoa. Desde o início Anna já ganhou um lugar nos meus protagonistas prediletos. Ela é frágil, batalhadora e possui uma personalidade forte quando as coisas estão feias. Eu amei a forma que a autora conduziu a história. Um Romance que supera as aparências e o preconceito. É maduro e divertido. Estava cansada de ler romances que os casais brigam por coisas bobas e vão embora... Achei bem maduro o enredo de Elizabeth. Já quero ler "O Príncipe Leopardo".